AMILORIDA Informações da substância
Os efeitos diurético e anti-hipertensivo devem-se a ação de bloqueio, no túbulo distal renal, da troca de sódio por potássio, o que permite um aumento da secreção de água e sódio e a retenção de potássio. A absorção é incompleta (15% a 25%) no trato gastrintestinal; a velocidade de absorção aumenta após 4 horas de jejum, embora não seja necessário, se aumenta a quantidade absorvida. Sua união às proteínas é mínima, não se metaboliza e sua meia-vida é de 6 a 9 horas, sua concentração máxima é obtida em 3 a 4 horas. É eliminada por via renal de 20% a 50% de forma inalterada e por via fecal 49% inalterada.
Podem aparecer sinais de hiperpotassemia, inclusive se associada com diuréticos tiazídicos. A hiperpotassemia aparece em 10% dos casos quando usada individualmente e o sinal mais evidente é a arritmia cardíaca. São de aparição menos frequente: erupção cutânea ou prurido (reação alérgica), constipação, sonolência, enjoos, cefaleias, náuseas e vômitos.
O uso simultâneo com corticosteroides, mineralocorticoides ou ACTH pode diminuir os efeitos natriuréticos e diuréticos e antagonizar o efeito retentor de potássio. Os analgésicos, anti-inflamatórios não-esteroides, especialmente a indometacina, estrogênios ou simpaticomiméticos, podem diminuir os efeitos anti-hipertensivos dos diuréticos. O uso concomitante com dopamina pode aumentar o efeito diurético. O uso crônico de laxantes pode reduzir as concentrações séricas de potássio e interferir com os efeitos de retenção de potássio da amilorida. Não é recomendado o uso simultâneo com lítio. A ciclosporina, enalapril, captopril e outros diuréticos retentores de potássio, administrados simultaneamente com a amilorida, tendem a favorecer a acumulação sérica de potássio, podendo originar a hiperpotassemia, principalmente em pacientes com insuficiência renal.